Olha aquele espelho de água
de pé de arroz sem pó,
rugas de tempo, falésias de vida
dissipadas em memórias,
saudade, arrepios e mágoas.
Olhei aquele espelho de água,
de pé de arroz sem pó,
Onde em lagos de suor e sangue jazem,
numa caixa de tempo lágrimas perduram
e mudos gritos de choro se escutam
no chilrear das aves ecoam
na dorida e queimada face enrugada
naquele espelho de lágrimas,
de quem trabalha a terra lavrada.
Jorge Ortolá
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